segunda-feira, 24 de março de 2014

Trombofilia

Depois do nascimento prematuro do Nathan, uma das perguntas que mais nos atormentava responder era: porque?! Qual a causa dele ter nascido prematuro?! Bem, demorou 3 anos, mas enfim descobrimos! Não que eu não tenho ido no médico durante esse tempo, eu fui, fiz preventivos, mas não investigamos mais esse problema e agora, resolvemos fazer isso. O médico desconfiou da trombofilia, causa de muitos abortos ou partos prematuros, e batata, ele estava certo! Felizmente ou infelizmente?!

Felizmente, porque descobrimos e podemos tratar e tem tratamento! Felizmente porque sabendo a causa, podemos tratar o problema e tentar evitar um sofrimento, o que também não está descartado! Felizmente, porque pudemos relembrar de novo da fidelidade e amos de Deus, vendo nosso filho como um verdadeiro milagre! 

Explico: ou tento explicar com uma linguagem mais fácil. Quem tem trombofilia tem um problema de coagulação do sangue, uma predisposição a trombose. As mulheres grávidas na gestação tem esse risco, as que tem trombofilia tem um risco a mais. Os coágulos na placenta impedem a boa oxigenação e são causa de abortos inexplicáveis, aparentemente sem razão ou partos prematuros. 

Ainda não sei detalhes a respeito, mas sei que tem tratamento: uma injeção de anticoagulante por dia durante toda a gestação e até uns dias depois do parto. Com esse acompanhamento as chances de tudo dar certo são muito grandes. As injeções tem um custo de 30 a 50 reais por dose, às vezes se consegue pelo Estado, às vezes não! 



Tudo isso, inicialmente, me pareceu um banho de água fria! Mas pensando, refletindo, vejo que foi felizmente mesmo! Saber de tudo isso permite nos preparar, avaliar e estar prontos para qualquer situação! Não saber ou saber de susto poderia ser muito pior.

terça-feira, 11 de março de 2014

Por entre os muitos dilemas...

Há tempos venho ensaiando pra escrever um post com esse assunto, mas não sabia bem o que escrever e confesso que ainda não sei... Ser mãe é uma das coisas mais maravilhosas e mais difíceis que exitem! Isso é um clichê e quase tudo que se fale sobre esse assunto é clichê: alguém, algum dia em algum lugar já disse! 

Ser mãe é com certeza um divisor de água na vida das mulheres. Claro, não daquela que vai gerar, carregar, parir e só. Dessa não, a vida dessa continua como se nada de relevante tivesse acontecido. Mas da maioria das mulheres, a vida muda! Vemos as coisas com o olhar diferente e começam inúmeros dilemas e dúvidas, medos, incertezas que vamos levando dia-dia com conselhos dos mais experientes, com leituras, com intuição. Uns sentimentos passam, vem outros novos.

Aí a gente tem que encontrar o equilíbrio entre ser mãe e ser mulher. De tantos dilemas, o que me martela ultimamente dia após dia na cabeça é: trabalhar ou ficar em casa?! Nunca fui dessas mulheres prendadas que amam as lides do lar, faço o feijão com arroz, o basicão mesmo, por isso desde sempre trabalhei. Mas meu trabalho atual exige que eu fique mais ou menos 10 horas fora de casa, e tenho tido uma grande dificuldade de lidar com isso. O tempo que me resta é curto pra conseguir educar, amar, brincar, fazer tarefa, cuidar de algumas coisas que só a gente faz na casa, fazer pilates, volei, ir ao estudo bíblico, ao ensaio de música, a uma janta em algum amigo. Sem falar em ler um livro, ver uma série ou cuidar de mim. Qualquer compromisso a
mais tem sido um fardo. Não pensem que consigo fazer tudo isso que listei aí, sempre, toda semana, alguma dessas atividades ficam prejudicadas. Prioridades. Pra mim, tudo ali é prioridade, mas as coisas que envolvem o Nathan, dado o tempo que fico longe dele, vão sempre pro topo da lista.

Sem contar no dilema de às vezes perder coisas tão simples como vê-lo acordar, levá-lo pra escola, almoçar com ele, por pra dormir a soneca da tarde...são pequenos momentos no dia dia que vou "perdendo"...

Aí tem o outro lado: a carreira. De vento em popa, com todo o gás, emprego bom, salário bom...até ouço vozes dizendo "Você é doida, não pode largar tudo, não vai conseguir outro salário desse tão fácil..." Esses dias vi a imagem abaixo e levei ela muito a sério:


Meu coração sabe a resposta, ele sabe muito bem o que quer fazer. O que me segura agora não é mais o dilema em si, porque já refleti bastante sobre ele, agora é só uma questão de tempo. Existem maneiras, formas de flexibilizar. Não precisa largar tudo, abandonar o barco à deriva. Dá pra estudar um pouquinho ali, trabalhar de forma mais autônoma no sentido de autonomia pra gerir seu tempo e horário de forma que seja possível não estar tão ausente. Até porque os filhos também admiram as mães batalhadoras, que conseguem construir sua vida profissional e se realizam com isso também. Ouvi ou li esses dias: "Carreira se retoma, o crescimento dos filhos não". Fato.