terça-feira, 11 de março de 2014

Por entre os muitos dilemas...

Há tempos venho ensaiando pra escrever um post com esse assunto, mas não sabia bem o que escrever e confesso que ainda não sei... Ser mãe é uma das coisas mais maravilhosas e mais difíceis que exitem! Isso é um clichê e quase tudo que se fale sobre esse assunto é clichê: alguém, algum dia em algum lugar já disse! 

Ser mãe é com certeza um divisor de água na vida das mulheres. Claro, não daquela que vai gerar, carregar, parir e só. Dessa não, a vida dessa continua como se nada de relevante tivesse acontecido. Mas da maioria das mulheres, a vida muda! Vemos as coisas com o olhar diferente e começam inúmeros dilemas e dúvidas, medos, incertezas que vamos levando dia-dia com conselhos dos mais experientes, com leituras, com intuição. Uns sentimentos passam, vem outros novos.

Aí a gente tem que encontrar o equilíbrio entre ser mãe e ser mulher. De tantos dilemas, o que me martela ultimamente dia após dia na cabeça é: trabalhar ou ficar em casa?! Nunca fui dessas mulheres prendadas que amam as lides do lar, faço o feijão com arroz, o basicão mesmo, por isso desde sempre trabalhei. Mas meu trabalho atual exige que eu fique mais ou menos 10 horas fora de casa, e tenho tido uma grande dificuldade de lidar com isso. O tempo que me resta é curto pra conseguir educar, amar, brincar, fazer tarefa, cuidar de algumas coisas que só a gente faz na casa, fazer pilates, volei, ir ao estudo bíblico, ao ensaio de música, a uma janta em algum amigo. Sem falar em ler um livro, ver uma série ou cuidar de mim. Qualquer compromisso a
mais tem sido um fardo. Não pensem que consigo fazer tudo isso que listei aí, sempre, toda semana, alguma dessas atividades ficam prejudicadas. Prioridades. Pra mim, tudo ali é prioridade, mas as coisas que envolvem o Nathan, dado o tempo que fico longe dele, vão sempre pro topo da lista.

Sem contar no dilema de às vezes perder coisas tão simples como vê-lo acordar, levá-lo pra escola, almoçar com ele, por pra dormir a soneca da tarde...são pequenos momentos no dia dia que vou "perdendo"...

Aí tem o outro lado: a carreira. De vento em popa, com todo o gás, emprego bom, salário bom...até ouço vozes dizendo "Você é doida, não pode largar tudo, não vai conseguir outro salário desse tão fácil..." Esses dias vi a imagem abaixo e levei ela muito a sério:


Meu coração sabe a resposta, ele sabe muito bem o que quer fazer. O que me segura agora não é mais o dilema em si, porque já refleti bastante sobre ele, agora é só uma questão de tempo. Existem maneiras, formas de flexibilizar. Não precisa largar tudo, abandonar o barco à deriva. Dá pra estudar um pouquinho ali, trabalhar de forma mais autônoma no sentido de autonomia pra gerir seu tempo e horário de forma que seja possível não estar tão ausente. Até porque os filhos também admiram as mães batalhadoras, que conseguem construir sua vida profissional e se realizam com isso também. Ouvi ou li esses dias: "Carreira se retoma, o crescimento dos filhos não". Fato. 


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